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É inegável que a prostituição sempre existiu, mas nunca como no século XIX chegou a agitar tanto a paciência das correntes mais austeramente moralistas que sempre julgaram primar pelo «bom senso». Quase todos os grandes escritores naturalistas do século XIX se ocuparam da figura humana da prostituta: recordem-se Zola, Tolstoi ou Dostoyewsky. Todos eles matizaram com traços dramáticos a personagem frequentemente arrojada dos meios camponeses à vida urbana e empurrada pela miséria para a prostituição. Também a nossa literatura não deixa de evocar essa imortal personagem do quotidiano que é a prostituta. Abel Botelho consagrou-lhe o seu Livro d’Alda; Alfredo Gallis escreveu As Mulheres Perdidas; a Princesa de Boivão, de Alberto Pimentel, conta a história de uma pobre desventurada a quem o amante vingativo abre no corpo as « quatro letras ferreteantes » ; A Bandeira, de Lino Macedo, é mais uma historieta de uma pobre e desamparada cortesã; Rocha Martins dedica dois livros a cortesãs régias: A Madre Paula e a Flor da Murta, como Andrade Corvo já havia dedicado um à célebre Calcanhares : Um Ano na Corte. No teatro surgem, com o virar do último século, A Pérola, de Marcelino de Mesquita (à época proibida por «imoral») ; A Severa, de Júlio Dantas ; a Rosa Enjeitada, de D. João da Câmara, e o Fado, de Bento Mantua. Contudo, o primeiro estudo sério sobre a prostituição em Portugal apareceu em 1841, com o livro de Santos Cruz, Da Prostituição na Cidade de Lisboa, que temos o gosto de apresentar e que com tanta oportunidade surge agora a público.
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